segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim de tarde




Sentado em minha sala fria, no entardece do dia
Começo aos poucos, me encher de solidão
Lembrando da casa vazia, e do meu sórdido colchão
Antes de ir para casa, percorro a cidade em meu carro
Em busca de um olhar que me faça mudar o itinerário

Aos poucos as luzes da cidade começam a acender
E junto delas a amarga falta que sinto de você
Já se passou quase um ano de nossa separação
E eu não entendo? Por que ainda, não abandonou meu coração

A noite chega em fim. Ao galope da tristeza
E nas estrelas encontro, resquícios de sua beleza
Ante de dormir faço um pedido em oração
Rogo a Deus; que me desperte para uma nova e eterna paixão... 

Saulo Prado


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lúcido veneno



Em todos os versos que escrevo
Revelo um pouco de meus segredos
Sentimentos quase sempre guardados
Neste coração sempre atribulado

Revelo mentiras, com o veneno da verdade
Desejos regados, com o suor da saudade
Escrevo em hebraico, para que seja bem legível
A mente de um homem, que não quer ser incorrigível

Gosto muito, de palavras com duplo sentido
Pois, nelas eu encontro, o que havia se perdido
E se você não entendeu nada, não se preocupe comigo
Sou só um louco, que gosta de fazer dos versos, seu lúdico abrigo...

Saulo Prado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Triste



O fim de ano se aproxima
E eu continuo neste clima
Bailando com a solidão
Eu, e meu solitário coração

Minha tristeza é persistente
E domina este homem carente
Luto contra dragões invisíveis
Em busca de um amor indizível

Mas o meu rosto às vezes assusta
Pois, a dor, já virou carapuça
Eu sei que só me resta esperar
Por alguém que queira comigo sonhar...


Saulo Prado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sintonia



Em seus olhos me sinto profundo
E é em seus braços, que nasce o nosso mundo
Sou a metade inteira do seu ser
Por isso me contento em querer te ter

Nosso romance parece eterno
E é sempre regado, com o que a de mais belo
Eu sinto quando sua feminilidade desperta
E você vem a mim como se fosse uma oferta

Seu desejo se completa com o meu
E nosso amor parece uma melodia de Orfeu
Somos símbolos fieis de uma pura união
Aonde o sacerdócio, seguiu apenas os dogmas do coração...


Saulo Prado

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